Exercícios para Regência de LP
Escola Municipal Professor Joaquim Moreira
Série/Turma: 8º B
Disciplina: Língua Portuguesa
Professor Regente: Nilton Filho
Aluno: ______________________________________________________
Data: 27 de outubro de 2014.
Lygia Fagundes Telles
Uma brasileira tranqüila
Vencedora do Prêmio Camões, a escritora Lygia Fagundes Telles diz ter horror à vulgaridade e garante que imortal mesmo é a alma.
Eliane Lobato
Lygia Fagundes Telles caminha pelos corredores do Hotel Glória, onde costuma ficar hospedada quando está no Rio de Janeiro, atendendo aos convites dos espelhos. Vaidosa e ciente de sua beleza, parece gostar do reflexo enquanto ajeita um fio de cabelo desairoso. A entrevista é no bar e Lygia, com aspecto de garota sapeca, sugere: “Vamos tomar uma cervejinha?” Mediante a anuência, diz ao garçom: “Uma Bohemia gelada para ela e para mim, como vocês dizem, uma quente.” Uma leve sinusite a impede de tomar gelado, mas não consegue privá-la do prazer de saborear uma bebida preferida, que pode ser vinho ou cerveja. Lygia está feliz. Acaba de ganhar o Prêmio Camões, o mais importante galardão literário da língua portuguesa, que será entregue em Lisboa, dia 10 de junho. Um justo reconhecimento a uma das maiores escritoras brasileiras, cuja obra equilibra leveza e comprometimento com a condição humana, já condecorada com quatro prêmios Jabuti, entre outros.
Seu livro mais recente é a antologia Meus contos esquecidos (Rocco), com histórias que estavam, como ela mesma diz, “na penumbra” há muito tempo. Nesta entrevista, Lygia fala de sua próxima obra, um livro de crônicas, e do próximo romance, que será lançado no ano que vem. Fala também de solidão, da “paquera” de Vinicius de Moraes, dos amigos ilustres como Rubem Fonseca e do desgosto de falar de idade. Em homenagem à contista e romancista, aqui não se contará o tempo. Lygia tem a idade que aparenta. E ponto final.
A sra. tinha expectativa de ganhar o Prêmio Camões?
LYGIA: Não! Fui para o Rio visitar