Exame 2015 01 23 HPEM
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O Império e o PapadoDesde a coroação de imperador de Carlos Magno pelo Papa Leão III evidenciou-se a superioridade política e religiosa do Papado no Ocidente; Carlos Magno teria preferido auto coroar-se, pois prostrar-se de joelhos perante o papa era um sinal de humilhação e dependência. Estas circunstâncias abriram, portanto, um precedente que indiciava que as relações entre poder político e religioso poderiam, no futuro, vir a ser conflituosas.
No entanto, a criação do Império Carolíngio significou um claro controlo da Igreja por parte do poder imperial, o que abrandou com Luís o Pio. A partir da morte de Carlos Magno há a desagregação do império, reforço do poder local e revolução feudal.
Quando Henrique III se dirige a Roma para ser coroado imperador questiona-se sobre o prestígio dos papas. Então interveio de forma radical nas questões relacionadas com o papado. Depôs o papa e outros candidatos ao seu lugar e impôs como pontífice o germano
Clemente II.
No entanto, os papas seguintes, escolhidos por Henrique III, viriam a perceber gradualmente a necessidade de se tornarem independentes do poder imperial. Leão IX, nomeado papa por Henrique III, só aceitou o cargo sob a condição de ser confirmado pelos seus pares e pela população romana.
Henrique III morre em 1056, deixando como descendente o menor Henrique IV. O papa Victor II reconheceu-o como monarca e serenou as forças dos principados que emergiram, como sempre que há menoridades régias.
Em 1057 morre o papa, e os bispos elegem em Roma um novo pontífice, Estêvão IX, sem consultar o poder imperial, alegando a menoridade régia do imperador. Esta situação abre um precedente: finalmente havia um papa que não era escolhido pelo imperador nem pelas famílias romanas.
Em 1058 morre Estêvão IX e é eleito Nicolau II, uma vez mais escolhido pelos eclesiásticos. É este papa que inicia a rutura com o poder imperial.
Em 1059 (ainda durante a menoridade de Henrique IV), há um sínodo em Latrão, que toma duas importantes