Eu etiqueta
este aborda as necessidades que as pessoas têm da própria imagem, conseqüentes certamente da busca pela satisfação pessoal obtida perante e pelo olhar dos outros.
Na atual sociedade do consumo, o ser industrial se tornou o homem anuncio itinerante, movido pelos apelos emocionais da propaganda modelizante, que modela o comportamento das pessoas e que aos poucos acabam perdendo a própria identidade.
Drummond nos deixa claro que o ter substituiu o ser em várias áreas do pensamento moderno, este que aos poucos se tornou extremamente industrial, “que se oferece como signo de outros”. Drummond de mãos dadas com Aranha e Martins entram em concordância potencial ao afirmarem que a vivencia do cidadão atual está repleta de vontades e anseios industriais, entretanto permanece carente de desejos sobretudo pessoais, como se mantinha outrora
O texto fala a respeito desta nossa atual e complexa era das aparências, de vaidades e tolices, que tem a publicidade como porta voz do consumismo desmedido, compulsivo, da busca pelo prazer a todo custo, do imediatismo, dos excessos, Os signos criados pelo poeta refletem e refratam uma realidade, esses signos tornam-se outros signos, refletindo e refratando outras realidades. As mensagens publicitárias, as estampas de produtos, os próprios produtos, a linguagem utilizada, a língua (seja qual for), os imperativos, tudo que o poeta cita como objetos, na verdade, são signos, que se oferecem “como signos dos outros”, ora, todas as mensagens que as pessoas portam em seus objetos pessoais, trazem em si a mesma