ETNOMATEM TICA NA CIVILIZA O EM MUDAN 1

ETNOMATEMÁTICA NA CIVILIZAÇÃO EM MUDANÇA.

Em seu livro Etnomatemática – Elo entre as tradições e a modernidade, especificamente no capítulo IV, Ubiratan D´Ambrósio afirma que:

“Para compor a palavra etnomatemática utilizei as raízes utilizadas são tica, matema e etno para significar que há várias maneiras, técnicas, habilidades (ticas) de explicar, de entender, de lidar e de conviver com (matema) distintos contextos naturais e socioeconômicos da realidade (etnos)”. (p.70)

Compreendemos, portanto que o Programa Etnomatemática é transdisciplinar, no qual há interação entre conhecimentos do senso comum e acadêmicos, colaborando para um saber comum. Busca-se uma forma alternativa para se ensinar a matemática considerando o meio em que as pessoas estão inseridas e suas crenças.
Como vivemos em um mundo globalizado, os conhecimentos e os comportamentos serão transculturais, isso quer dizer que compartilhar os conhecimentos e adequar comportamentos não se restringirá somente a certa cultura, sendo estes subordinados a ética.
Segundo Ubiratan D´Ambrósio (p.70), “Vida é resultante de três fatos: indivíduo, outro(s) /sociedade e a natureza. A continuidade da vida como fenômeno cósmico depende da resolução do triângulo”.
Os elementos são interdependentes, um não sobrevive sem o outro. O desequilíbrio dessas relações causa uma grande crise para a humanidade.
A matemática, como forma de conhecimento, está relacionada com a ética e com a paz. O anseio por uma sociedade justa futuramente levará em consideração a diversidade cultural, defendendo a existência dos não excluídos.

“O Programa Etnomatemática, através de uma outra reflexão sobre a história, a filosofia e a educação, pode contribuir para a reformulação da matemática”.( D´Ambrósio, Ubiratan,p.73)

Ao falarmos e pensarmos em matemática lembramos seu rigor, sua exatidão, os números, as formas, as medidas; mas existem povos que acreditam que a matemática é mais poderosa que as divindades tradicionais e culturais,