Etnocentrismo e atitude relativizadora
Discorra sobre ao Etnocentrismo e seu oposto, a atitude relativizadora. Exemplifique.
O Etnocentrismo é a visão que um grupo de pessoas exerce sobre outro. A atitude relativizadora é pensar as culturas e valorizá-las da mesma forma, levando-se em consideração as diferenças que estas podem apresentar. Basicamente, etnocentrismo encarado na pós-modernidade pode se associar a preconceito e a atitude relativizadora como aceitação de uma miscigenação.
O sujeito da pós-modernidade é tido como aquele que é repleto de identidades. Uma mulher, por exemplo, é uma mulher mãe, dona de casa, professora, cidadã etc. Stuart Hall fala muito dessas múltiplas identidades como reflexo desse sujeito e estas, por serem múltiplas acabam se assemelhando a de outros sujeitos: processo de miscigenação. Hall (2000, p. 16 apud HARVEY 1989, p. 12) diz que no processo para a pós-modernidade há “um rompimento impiedoso com toda e qualquer condição precedente” (...) “caracterizada por um processo sem-fim de rupturas e fragmentações internas no seu próprio interior”.
Para exemplificar essa ideia, o Hall fala sobre o compartilhamento de identidades, que nada mais é do que, por exemplo, duas pessoas que compartilham de um mesmo bem ou serviço. Um cidadão ser cliente de uma determinada empresa e esta ter mais de um cliente, quer dizer que todos os clientes dessa empresa compartilham de uma mesma identidade: “cliente da empresa”.
Nessa teoria acaba-se por desconstruir uma visão etnocêntrica, assim como uma visão relativizadora. Pois até mesmo os clientes são diferentes, advindos de lugares e ideologias diferentes. O que Hall quer dizer é que as pessoas, em suas diferenças, são todas iguais porque essas diferenças estão em contato num processo chamado Globalização. Na verdade, se pensarmos bem, essa não é uma característica exclusiva da contemporaneidade, porque a globalização, hoje muito em voga, sempre existiu. Nas navegações, no encontro de povos e até mesmo, mais