etica
Isso significa lembrar-se o tempo todo de que ele é seu semelhante, com inteligência, paixões, medos, carências, ideais e fraquezas. É reconhecer que, por trás das aparências ou dos detalhes que nos diferenciam de alguém, há algo que nos torna semelhantes, como se fôssemos feitos de “uma mesma massa”: somos humanos.
Em sua música Dom de iludir, o compositor Caetano Veloso diz: “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”. Quantas decepções, mal-entendidos e injustiças poderíamos evitar se pensássemos sempre assim.
2. “Trocar” provisoriamente de lugar com o outro, “colocar-se na sua pele”, sentir-se como ele está se sentindo.
Tratar bem alguém supõe compreender suas necessidades, carências e pontos de vista. É pôr-se em seu lugar, levar em conta seus direitos e compreender suas razões. É levá-lo a sério, tanto quanto a si mesmo, admitir a possibilidade de ser para o outro o que o outro é para você. É ver-se com os olhos dele e pensar: O que seria de mim se eu fosse tratado como o estou tratando agora? Nesta situação, se eu fosse ele, como gostaria de ser tratado?
3. Relativizar os interesses em jogo. Perceber nossos interesses e os do outro, avaliando quais os que mais convêm ao bem-viver.
Interesse é uma palavra que vem do latim interesse, o que significa ser ou estar entre vários. Nossos interesses estão entre vários outros de pessoas que convivem e se relacionam conosco. Alguns desses interesses se completam e até se reforçam, mas outros se contrapõem e se conflitam. Precisamos levá-los em conta, principalmente no segundo caso. Se não puder haver a satisfação de todos os interesses, caso sejam conflituosos, é claro que devem prevalecer aqueles que atenderem melhor ao princípio de valorização da vida e do bem-estar humano.
4. Tratar o outro com justiça, correspondendo à sua expectativa de ser respeitado em seus direitos, necessidades, carências e possibilidades.
A justiça é considerada uma