Etica
Para entender a história... ISSN 2179-4111. Ano 3, Vol. mar., Série 10/03, 2012, p.01-12.
Desde a antiguidade, a ética percorreu um longo caminho, distinguindo-se da moral e se segmentando, adquirindo contemporaneamente um sentido amplo e outro mais estreito.
Atualmente, existe uma ética da humanidade que pauta comportamentos pensando em pressupostos maiores; e outra que padroniza ações no interior de um grupo especifico.
As duas vertentes nem sempre caminharam juntas, gerando recomendações contraditórias e paradoxais.
Para entender o que e como se configurou a chamada ética profissional, apenas um dos ramos da ética normativa, é necessário percorrer o desenvolvimento conceitual da ética ao longo da história.
A ética na antiguidade.
A ética nasceu na Grécia, praticamente junto com a filosofia, embora seus preceitos fossem praticados entre outros povos desde os primórdios da humanidade, mesclados ao contexto mítico e religioso, tentando pautar regras de comportamento para permitir o convívio entre indivíduos agrupados no conjunto da sociedade.
A rigor, os gregos foram os primeiros a racionalizar as relações entre as pessoas, repensando posturas e sistematizando ações.
Momento em que surgiram discussões que até hoje fomentam reflexões éticas.
Apesar dos pré-socráticos se inserirem neste contexto, a maioria dos autores atribuem a tradição socrática um olhar mais atento sobre problemáticas em torno da ética.
Para Sócrates, o verdadeiro objeto do conhecimento seria a alma humana, onde reside a verdade e a possibilidade de alcançar a felicidade.
O grande problema é que o individuo não está preparado para encontrar a verdade dentro de seu espírito.
Tentando eliminar os próprios erros, ocultos em sentimentos confundidos com a felicidade, o sujeito acaba buscando somente o prazer puramente hedonista.
Por esta razão, seria missão do filósofo conduzir o sujeito ao conhecimento, direcionando para eudaimonia, a