etica
Em Aristóteles, toda racionalidade prática é teleológica, quer dizer, orientada para um fim. À Ética cabe determinar a finalidade suprema, que preside e justifica todas as demais, e qual a maneira de alcançá-la. Essa finalidade suprema é a felicidade não consiste nem nos prazeres, nem nas riquezas, nem nas honras, mas numa vida virtuosa. A virtude, por sua vez, se encontra no justo meio entre os extremos, e será encontrada por aquele dotado de prudência educado pelo hábito no seu exercício (vale destacar que a idéia de virtude, na Grécia Antiga, não é idêntica ao conceito atual, muito influenciado pelo cristianismo. Virtude tinha o sentido da excelência de cada ação, ou seja, de fazer bem feito, na justa medida, cada pequeno ato).
Segundo Aristóteles, o que distingue as duas espécies de virtude é a mediania. A virtude intelectual é adquirida através do ensino e necessita de experiência e tempo. A virtude moral é adquirida como resultado de um hábito. O hábito determina nosso comportamento como bom ou ruim. É devido ao hábito que tomamos a justa-medida com relação à nós. Logo, a mediania é imposta pela razão com relação às emoções e é relativa às circunstâncias nas quais a ação se produz.
Ao propor a mediania como gênero de virtude moral, como regra moral. A mediania tem o aspecto de não silenciar as emoções, mas buscar a proporção e, devido a essa proporção, a ação será adequada sob a perspectiva moral e, concomitantemente, a ação ficará ligada às emoções e paixões. De acordo com Aristóteles, a posição de meio é o que tem a mesma distância de cada um dos extremos. Porém apesar de concordar parcialmente com a idéia de Aristóteles, na qual diz que a felicidade não consiste nem nos prazeres, nem nas riquezas,