Estudos disciplinares

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O homem inicialmente criou signos para designar a matéria. Independentemente da língua ou da cultura, uma árvore é e sempre será uma árvore. Porém, a linguagem vai além, na metafísica, onde fazemos uso de nossa imaginação, percepção e intuição quando observamos uma imagem ou ouvimos uma música ou um barulho, ou sentimos um aroma. Interpomos nossas emoções e crenças a quaisquer estímulos e imprimimos nossa opinião considerando todos esses aspectos. Cassirer resume o ponto da seguinte forma: “Não estando mais num universo meramente físico, o homem vive em um universo simbólico. A linguagem, o mito, a arte e a religião são partes desse universo, são os variados fios que tecem a rede simbólica, o emaranhado da experiência humanas. Todo o progresso humano em pensamento e experiência é refinado por essa rede, e a fortalece. Envolveu-se de tal modo em formas lingüísticas, imagens artísticas, símbolos míticos ou ritos religiosos que não consegue ver ou conhecer coisa alguma a não ser pela interposição desse meio artificial. Sua situação é a mesma tanto na esfera teórica como na prática. Mesmo nesta, o homem não vive em um mundo de fatos nus e crus, ou segundo suas necessidades e desejos imediatos. Vive antes em meio a emoções imaginárias, em esperanças e temores, ilusões e desilusões, em suas fantasias e sonhos. ‘O que perturba e assusta o homem’, disse Epíteto, ‘não são as coisas, mas suas opiniões e fantasias sobre as coisas. Figura 1 – Fonte www. blog.gilbertomirandajr.com.br
A distinção entre o homem e outros animais consiste na necessidade de se relacionar, compreender e ser compreendido através de símbolos. Vejamos o que Nietzsche desenvolveu a respeito:
“Pois, para dizê-lo mais uma vez: o homem, como toda criatura viva, pensa continuamente, mas não sabe disso; o pensamento que se torna consciente é apenas a mínima parte dele, e nós dizemos: a parte mais superficial, a parte pior: - pois somente esse pensamento consciente ocorre em palavras, isto é, em

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