estudos disciplinares 1 Tg
A autora faz jogo de palavras, recorre à intertextualidade explícita, cria neologismos, faz da metalinguagem um tema. Diante disso, vamos aprofundar um pouco mais nossa leitura:
a) Destaque exemplos de neologismo (invenção de palavras) e discorra sobre sua importância no poema.
Resposta: Exemplos de neologismo: hipopotas, hopogato, arco-irisado, gatografia, arte-manhas... Traduzem a ternura mais funda e cotidiana, escrevendo a modernidade e conferindo-lhe sentido que são desdobrados, tornando-os mais amplos. Gatografia: escrita do gato, gatez. Imagine os gatos enviando gatoe-mail. Criar palavras é dar à luz, o inesperado, o novo... É dar brilho diferenciado e conduzir a novo caminho, o que empobrece ou enriquece o bolso literário.
A autora do poema em questão apresenta uma leitura diferenciada das rotineiras e comuns, com proposta de literatura livre e fragmentada de referência a outros autores, porém inteligível.
b) A autora fala da linguagem (do gato, mas também da linguagem do poeta) e, em especial, o papel do ser humano em nomear os seres. Que verbo sintetiza a opinião da autora sobre o ato de nomear?
Resposta: O verbo seria "fingindo" do verbo transitivo direto "fingir”, onde dá o sentido de dar nomes aos seres porque fingir no cotidiano dá o sentindo de se transformar em outra coisa, aparentar, simular, supor o que não é etc.
c) Ela questiona sobre o nome gato nos versos “e o nome do gato?/ J. Alfred Prufrock? J. Pinto Fernandes?” Sabendo que J. Pinto Fernandes é um nome que aparece no poema Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade, nomear, escrever, desenhar são ações de que tipo: reais ou ficcionais? Afinal, o que é literatura na concepção dada
Pela poetisa?
Resposta: Ações ficcionais. Literatura para a poetisa é a união de vários textos, criando-se um novo, onde tudo é obra da imaginação.
O poema “Artimanhas de um gasto gato” de Ana Cristina Cesar é um verdadeiro intertexto explícito, ou seja, partes de