Estrutura psiquico
Curso de Direito
Segundo o texto “ A Estrutura Do Sujeito Psíquico ” , essa estrutura é a chamada forma discursiva dentro da qual o sujeito se organiza. E para sabermos qual é essa organização e estruturação devemos começar pelo significado real da castração abordada neste contexto. É ela que constitui uma referência à função do pai, como mediador da relação entre a mãe e a criança. Essa função paterna se interpõe na relação diádica, imaginária, especular, que é verificada entre o bebê e a mãe. É isto a castração.
Para poder ser o terceiro e intermediar o vínculo diádico, o pai deve transmitir a Lei, fato que se atualiza por ser o portador do nome. É o pai quem nomeia o filho e, neste ato, está simbolizado que é o possuidor do falo, da Lei.
Ao sair da fase identificatória do estágio do espelho, a criança está alienada em um imaginário da mãe. Anseia ser o desejo da mãe. Isto implica ser o que a mãe não possui: o falo. Há, neste momento, uma segunda etapa identificatória: a identificação com o desejo do outro. O dilema em que o sujeito se debate, neste momento, é o de ser ou não ser o falo, o que posterga a temática da castração; esta será enunciada mais adequadamente, se dissermos que o que ela trata é de ter ou não ter o falo.
Em um segundo momento do processo edípico, o pai passa a participar, momento em que privará a mãe de seu filho-falo e a este da satisfação imaginária, proporcionada por ser o falo da mãe. A criança se vê forçada, simultaneamente, a pôr em dúvida sua identificação fálica e a renunciar a ser o desejo da mãe. Correlativamente, do ponto de vista da mãe, o pai a priva do falo que se supõe seja o filho. O pai parece ser, para a criança, o objeto fálico possível.
É preciso esclarecer que, para que esta mediação seja possível, não basta que o pai interponha a proibição. A mãe deve se fazer eco dela, transformando-se em porta-voz do