Estresse ocupacional
Burnout e Estresse Ocupacional em Psicólogos
A síndrome de burnout consiste em uma resposta ao estresse ocupacional crônico, afetando profissionais que se ocupam em prestar assistência a outras pessoas. Entre os profissionais de saúde, eventos potencializadores de estresse podem surgir, dependendo do tipo de atividade exercida. Entretanto, existe uma evidência crescente demonstrando que os profissionais da área da saúde mental, por fatores relacionados à natureza de sua profissão, apresentam-se particularmente vulneráveis ao estresse e a seus efeitos (Rabin, Feldman, & Kaplan, 1999).
Entre os fatores específicos, destacam-se: a) o manejo, por um longo período de tempo, com pessoas com transtornos mentais; b) a responsabilidade para com a vida do paciente; c) a inabilidade para estabelecer limites em suas interações profissionais e d) a atenção constante aos problemas e necessidades dos pacientes de uma forma não recíproca (Moore & Cooper, 1996; Rabin, Feldman, & Kaplan, 1999).
Facilmente se observa que os psicólogos, por atuarem na área da saúde mental, estão entre a clientela de risco da síndrome de burnout. Aos fatores destacados, acrescenta-se a possibilidade de haver alguma identificação e formação de laços afetivos entre os psicólogos e seus clientes, especialmente quando se trata de práticas mais tradicionais de atendimento individual.
O contexto socioeconômico a que estão sujeitos os profissionais de saúde mental no Brasil deve ser considerado. O sofrimento psíquico (e social) que os pacientes apresentam as condições de atendimento, os baixos salários e o pequeno tempo disponível para uma consulta são fatores importantes a se considerar para pensar os processos de estresse ocupacional e burnout.
Moore e Cooper (1996) propõem que talvez haja um vácuo entre as expectativas idealizadas e seus resultados na prática dos profissionais de saúde mental. Os profissionais