Estrelas Cadentes
Assim como orcas não são baleias e tomates não são legumes, estrelas cadentes não são estrelas. São rastros luminosos de meteoroides (pequenos pedaços de material sólido que vagam pelo espaço entre os planetas do Sistema Solar) que entram na atmosfera da Terra e queimam com o atrito.
A maior parte dos meteoroides vem dos cometas: eles orbitam o Sol e, quando passam perto dele, o calor faz com que algumas partes se desprendam e continuem circulando pela órbita do cometa, viajando ao redor do Sol.
Quando a Terra cruza essa órbita, ou passa muito perto dela, o planeta pode chocar-se com estes pequenos pedaços. A uma velocidade de até 250 mil km/h, eles entram em contato com os gases da nossa atmosfera, queimam por atrito e produzem aqueles traços luminosos. São as estrelas cadentes ou, usando termos científicos, meteoros.
A maioria deles queima-se completamente entre 90 e 130 quilômetros de altitude. Leva poucos segundos para se desintegrar, e o rastro luminoso dura pouco. Chuvas de meteoros acontecem o tempo inteiro, só que são mais visíveis nas noites escuras - entre as fases minguante e crescente da lua.
Como o movimento da Terra é bem determinado e as órbitas dos cometas são conhecidas, é possível prever chuvas de meteoros com antecedência. A próxima grande chuva visível a olho nu deve ocorrer por volta do dia 13 de novembro, quando o planeta vai cruzar a órbita do cometa Tempel-Tuttle. A chuva de estrelas cadentes é tão famosa que tem até nome: Leônidas. O nome decorre do fato de ela ocorrer na direção da constelação do Leão - isso não quer dizer que os meteoroides vêm de lá: é apenas um ponto de orientação para quem quiser observar a chuva.
Há meteoroides maiores que surgem