Estratégia e projetos
A ATIVIDADE PRODUTIVA E A AÇÃO DO ESTADO
O processo de industrialização mais intenso da economia brasileira começa no início do século XX, com iniciativas como a de Matarazzo, que começou vendendo banha em Sorocaba e conseguiu montar um conglomerado industrial centrado no mercado interno. Capitais externos também vieram para o Brasil, como foi o caso das ferrovias para escoar a produção de café e dos serviços de infra-estrutura ur¬bana, como gás, energia, bondes e outros.
As sucessivas crises cambiais, características de um país basicamente expor¬tador de café, indicaram a necessidade de um desenvolvimento industrial mais sólido, centrado inclusive em indústrias básicas. Um movimento nesta direção foi feito na área de papel de imprensa, em que se buscou atingir pelo menos uma melhor oferta interna através da Klabin. O empreendimento desta empresa, no norte do Paraná, teve o aporte de capital privado e apoio do governo.
O Estado brasileiro entrou em outras atividades produtivas, com a naciona¬lização das ferrovias em uma rede federal (RFFSA) e outra estadual (FEPASA), a exploração, o refino e a distribuição de petróleo com a Petrobras, a geração e a distribuição de energia, telecomunicações e outras. Os Estados também partici¬param, com seus bancos e empresas estatais. Com sua capacidade de arrecadar, o Estado assumiu a função de suprir não só os serviços básicos (educação, saúde, segurança), mas toda a construção de infra-estrutura física, produtiva e de servi¬ços associados.
AS FASES DE SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES
A doutrina econômica que vigorou no país até recentemente foi a do desenvol¬vimento através da substituição de importações. A ideologia por trás desta doutrina era muito simples: a vantagem comparativa na produção agrícola não era susten¬tável a longo prazo pela deterioração dos termos de troca. Nestas condições, era preferível promover o estímulo à produção interna, com proteção alfandegária, substituindo produtos e