ESTRATIFICAÇÃO: NA ECONOMIA, A AMORALIDADE HUMANA

A formação das classes sociais ocorre através de um processo originado no seio da sociedade primitiva, assumindo, nos períodos imediatamente subsequentes ao do seu início, uma forma latente. A premissa fundamental de uma sociedade baseada na formação de classes é a existência de um ‘sobreproduto’ regularmente obtido e a possibilidade da sua ‘alienação’. A obtenção de gêneros alimentícios e a sua apropriação (conjugada aos meios de produção) possibilita a distribuição desigual da riqueza, e com ela o despontar da formação de uma ‘sociedade de classes’. Desponta, então, um sistema de ‘categorias sociais’, abrindo as portas ao enriquecimento pessoal dos chefes tribais. Com o novo modo de vida, principia-se a diferenciação de ‘pessoas’ e ‘famílias’ consoante a sua posição em relação ao uso da terra e do gado. Amplia-se a estratificação social e caminha-se para a submissão da maioria da população por uma pequena minoria a assumir um papel dirigente.
A posição social privilegiada e, estreitamente ligada a ela, a possessão de bens, tornam-se pouco a pouco hereditárias. O clã do chefe, ou clã "régio", passa a constituir o vértice da estrutura social e, à parte dele, toda uma série de “clãs nobres”, com os seus direitos e deveres. Esta situação era, já em larga medida, um prenúncio da ‘estrutura de classes’, ainda tradicional quanto à forma, mas nova em relação ao seu conteúdo. A gradual adaptação dos costumes conservadores transformou-se em exploração direta.
Nas tribos, ia-se formando um sistema de categorias sociais, desde os patriarcas (à frente das comunidades familiares) até os conselhos de anciãos, os chefes de tribos e de uniões de tribos. O seu poder era, em estágio preliminar, fundamentado no prestígio pessoal e regido por normas de uma democracia primitiva. Na prática, porém, viabilizava enriquecimento pessoal. Nas uniões de tribos havia uma hierarquia entre os próprios chefes, constituindo-se um modelo de ‘aristocracia tribal’.
O desenvolvimento da ‘divisão