estectica
2. ‘Se denominamos algo belo, imputamos o prazer que sentimos a todo o outro como necessário, no juízo de gosto, como se devesse ser considerado uma qualidade do objecto, a qual é determinada nele segundo conceitos; pois a beleza, sem referência ao sentimento do sujeito, por si só não é nada.’ (KANT, Immanuel, Crítica da Faculdade do Juízo, Imprensa Nacional Casa da Moeda, p.107)
O ser humano é bombardeado constantemente com representações empíricas dos mais diversos objectos, isto é, sensações objectivas que este intuí através dos seus sentidos (o tacto, a visão, o gosto, o olfacto e a audição). No entanto, essas sensações objectivas são captadas de maneiras diferentes dependendo do sujeito que as intuí, pois a sensibilidade de indivíduo para indivíduo não é a mesma. Por isso, essas sensações objectivas, que são a representaçãos reais dos objectos, são também subjectivas consoante o sujeito em questão, dependendo da maneira como este intuí as coisas do mundo sensível exterior a si, tendo como exemplo um cego que, como se sabe, não possuí visão, por isso vai intuír de maneira diferente de outros indivíduos as coisas, pois por não ter visão, os outros sentidos são muito mais desenvolvidos.
Após se intuír tais representações, estas que afectam o sujeito transmitem-lhe determinados sentimentos (podendo ser sentimentos de prazer, dor, raiva, tranquilidade, entre muitos outros) segundo os quais o sujeito vai determinar a beleza que sente por certos objectos.
Não sendo nenhuma propriedade física pertencente aos objectos que se intuem no mundo exterior ao sujeito, a beleza está relacionada com o sentimento de prazer ou desprazer que difere consoante um determinado sujeito, ou seja, cada sujeito singular tem o seu próprio juízo de gosto sobre as representações dos objectos que intuí
definindo se algo é belo ou não para este baseando o seu juízo nas suas experiências sensíveis de vida, nas suas preferências e não