Estagio
Vitória da Conquista
2010
FLÁVIA ANDRÉA DO NASCIMENTO ALMEIDA
VARIAÇÃO PADRAL E NÃO PADRÃO
Trabalho apresentado ao Curso de Letras da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina Estruturalismo e Sociolinguística.
Prof. Marcelo Silveira
Vitória da Conquista
2010
Podemos constatar que não é só o português que possui variações na fala, todas as línguas são assim, aprender a escrever sem medo de “errar” é importante, os tropeços fazem parte de qualquer processo de aprendizagem. A norma padrão é aquela que é descrita na gramática e seu acesso não está ao alcance de todos. A linguagem formal é usada em trabalho de conclusão de curso, numa defesa de dissertação de mestrado, etc. Já a não padrão é o oposto da formal, tendo como alvo a proximidade da linguagem popular e regional.
A prioridade deste trabalho é identificar desvios gramaticais encontrados nos exemplos apresentados e baseados neles dar sugestões para que o aluno possa se familiarizar com as “regras” e a partir disso passe a corrigir os “erros” que gramaticalmente fala e escreve.
Agora, tendo em vista ajudar a entender as grafias observadas selecionamos aqui alguns exemplos (texto produzido por aluno do ensino fundamental, placas e anúncios), propomos refletir sobre a tipologia de “erros” apresentados: Entre os tipos de “erros” destacam-se os seguintes:
1. Transcrição fonética – consiste na reprodução literal da fala.
Ex: iscola (escola), asfauto (asfalto).
2. Dialetação – neste caso, a escrita também se baseia na fala, mas em uma variedade ou dialeto praticado pelos grupos socialmente desprestigiados.
Ex: carsa (calça), barde (balde), percosso (pescoço).
3. Juntura vocabular ou hiposegmentação – também reflete influência da fala, que não mostra a criança como separar as palavras de uma expressão ou de um enunciado.
Ex: Eraumaveiz (Era uma vez).
4. Separação indevida ou hipersegmentação – decorre provavelmente do fato das crianças