Estados Unidos
Considerando a economia mundial em meados do século XIX, os Estados Unidos já apresentavam condições ideais para tornar-se a maior potência mundial, substituindo o Reino Unido. Sua estrutura econômica apresentava os melhores indicadores da futura liderança que o país iria exercer. A dimensão e os recursos naturais do território estadunidense foram fundamentais para sua autossuficiência. A distância geográfica entre os Estados Unidos e a Europa também favoreceu o fortalecimento de sua economia, pois os estadunidenses ficaram afastados da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e dos inevitáveis desgastes resultantes do conflito. Isso também reforçou, naquela época, sua política de isolamento, tanto que somente em 1917 o governo estadunidense enviou tropas para a Europa. Ao arruinar a economia dos países europeus, a Primeira Guerra Mundial livrou muitas empresas norte-americanas das dívidas que tinham com bancos europeus e transformou os Estados Unidos no maior credor daquele continente.
Primeira Guerra Mundial - fator que foi decisivo para que os EUA se tornassem a grande potência econômica mundial Outro elemento que contribuiu enormemente para a expansão dos Estados Unidos, foi a sua abertura para a imigração. Cerca de 40 milhões de imigrantes, em sua maioria europeus, foram para os Estados Unidos no século XIX e na primeira metade do século XX. Eles foram decisivos para o crescimento econômico e militar do país. Ao contrário do Brasil - que em 1850, em face do aumento da imigração, proclamou a tristemente Lei das Terras, segundo a qual uma pessoa só poderia ser proprietária de uma gleba comprando-a com dinheiro -, os Estados Unidos permitiu que toda família que desbravasse o Oeste do país se tornasse proprietária de parcelas de terras (com um limite de tamanho) pura e simplesmente se apropriando delas. Isso atraiu mais imigrantes com iniciativa (ao contrário do Brasil, onde muitos deixaram o país