Essencia Da Etica
Capítulo 26 – A existência ética
1. Senso moral e consciência moral
(261) Movidos pela solidariedade, participamos de campanhas contra a fome. Esses sentimentos e ações desencadeadas por eles exprimem nosso senso moral, a maneira como avaliamos nossa situação e a de nossas semelhantes segundo ideias como as de justiça e injustiça.
1.2 Consciência moral
(263) Nossas dúvidas quanto à decisão a tomar não manifestam nosso senso moral, mas põem à prova nossa consciência moral, pois exigem que, sem sermos obrigados por outros, decidamos o que fazer, que justifiquemos para nós mesmos e para os outros as razões de nossas decisões e que assumamos todas as consequências delas.
1.3 Juízo de fato e juízo de valor
(264) Juízos de fato são aqueles que dizem o que as coisas são e por que são. Em nossa vida cotidiana, mas também na metafísica e nas ciências, os juízos de fato estão presentes. Diferentemente deles, os juízos de valor são avaliações sobre coisas, pessoas, situações, e são proferidos na moral, nas artes, na politica, na religião.
1.4 Ética e violência
(266) Ao definir e afastar formas de violência, uma cultura e uma sociedade nos fazem perceber que a moral pressupõe uma distinção fundamental: aquela entre o permitido e o proibido. A ética é normativa exatamente por isso, uma vez que suas normas determinam permissões e proibições e visam impor limites e controles ao risco permanente da violência.
1.5 Os constituintes do campo ético
(267) O campo ético é, assim, constituído pelos valores e pelas obrigações que formam o conteúdo das condutas morais, isto é, as virtudes. Estas são realizadas pelo sujeito moral, principal constituindo da existência ética.
1.6 O agente moral
(267) Do ponto de vista do agente o sujeito moral, a ética faz uma exigência essencial, qual seja, a diferença entre passividade e atividade.
1.7 Os valores ou fins éticos
(268) Do ponto de