Essa diferen a entre instrumentalismo x realismo est vinculada ao conflito das posturas epistemol gicas

Essa diferença entre instrumentalismo x realismo está vinculada ao conflito das posturas epistemológicas (ciência e conhecimento) entre duas teorias astronômicas (ptolomaica e copernicana) e a discordância entre copernicanismo e leitura literal das santas escrituras.
A cosmologia de Ptolomeu (ptolomaica) no sec.IV D.C, assim como Aristóteles no sec.II a.c era o geocentrismo,ou seja, que a terra era o centro do universo. Esse modelo aristotélico-ptolomaico era compatíveis com aquelas passagens bíblicas que apontavam para a imobilidade da terra e sua centralidade em relação ao universo. Por isso tanto os astrônomos como a igreja defendiam essa cosmologia geocêntrica. Esta tese prevaleceu durante catorze séculos até ser derrubada no sec. XIV pela cosmologia de Copérnico (copernicana), que tinha como tese o modelo heliocêntrico- mais realista quanto às posições dos astros, onde o sol e não a terra era o centro do universo. Em 1543 Copérnico escreve uma obra DE REVELUTIONIBUS ORBIUM COELESTIUM [da revolução dos orbes celestes] que defende um modelo de cosmo em que o sol é o centro (sistema heliocêntrico), e a terra apenas mais um astro girando em torno do sol. Essa obra foi publicada após sua morte.
Em 1539 essa obra foi superficionada por um clérigo luterano; Andreas Osiander. Ele acrescentou um prefacio não assinado que afirmava que o livro não era um retrato real do universo, apenas um artifício de cálculos, uma hipótese, um modelo. E foi assim que Osiander publicou, querendo apresentar a visão de Copérnico como instrumentalismo, porque sua teoria iria contrario ao principio do geocentrismo, que na época era apoiada pela a igreja.
Entretanto muitos astrônomos aceitaram partes da teoria de Copérnico, como Galileu e Kepler que conseguiram assimilar e até melhorá-la. Segundo ambos, o copercanismo representa uma verdadeira descrição do mundo real.
Em 1609-1610, as observações de Galileu das fases de Vênus produziram a primeira evidencia observacional da teoria de