Esquizofrenia
A esquizofrenia é um transtorno psíquico severo (psicopatologia) descrito pela primeira vez no século XIX pelo médico psiquiatra alemão, Emil Kraepelin. Na época, era confundida com demência precoce, uma vez que as pessoas acometidas por ela, normalmente eram jovens. Entretanto, a esquizofrenia pode atingir pessoas de qualquer idade, gênero, raça, classes sociais e país. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, OMS, a esquizofrenia atinge aproximadamente 1% da população mundial. De modo geral, há dois tipos de sintomas: os positivos (ou produtivos) e os negativos. Os positivos são marcados pelos delírios e as alucinações. Os delírios se caracterizam por uma visão distorcida da realidade. O indivíduo acredita que está sendo perseguido e observado por pessoas que tramam alguma coisa contra ele. As alucinações caracterizam-se por uma percepção que ocorre independentemente de um estímulo externo. O enfermo escuta vozes, que dão ordens e comentam o que ele faz. São vozes imperativas que podem levá-lo ao suicídio. Já os sintomas negativos da doença, mais resistentes ao tratamento, os quais se caracterizam por diminuição dos impulsos e da vontade e por achatamento afetivo. Há a perda da capacidade de entrar em ressonância com o ambiente, de sentir alegria ou tristeza condizente com a situação externa. Atualmente, admite-se que a esquizofrenia seja uma doença com causa multifatorial, envolvendo fatores genéticos e ambientais. Apesar dos fatores hereditários serem conhecidos há mais de um século pelo seu primeiro descritor, parece, entretanto, que não é o fator determinante, uma vez que não é incomum filhos de pais esquizofrênicos não serem acometidos com a doença. De acordo com pesquisas que estudam essa doença, sabe-se que a genética é responsável por aproximadamente 50% da chance de adoecer. A outra metade, portanto, é determinada por fatores ambientais. Um dos maiores obstáculos na pesquisa genética é saber quais os genes relacionados especificamente.