Esportes: paradoxos do aperfeiçoamento
A tecnologia tem influenciado cada vez mais a qualidade e a economia dos esportes que praticamos e acompanhamos. Embora traga alguns riscos, como lesões, tanto agudas quanto crônicas, tem também seu lado bom, evitando certos perigos.
Alguns projetos que envolviam esportes antiquados com a tecnologia não foram executados pelo conservadorismo dos praticantes do esporte em questão, e por causa do custo, que seria elevado demais para ser acessível à população.
Nos cinquenta anos que se seguiram à segunda guerra mundial, houve uma verdadeira revolução nos materiais usados em equipamentos esportivos. Mas a questão era se seria mais simples e barato conservar a tecnologia antiga ou se adequar às mudanças possibilitadas pela revolução de materiais. Uma das razões para mudar pode ser que muitas inovações tecnológicas contribuem tanto para melhorar o desempenho como para aumentar a segurança dos atletas, embora esta não seja o ponto principal.
Existe uma interpretação mais sutil para o papel da tecnologia nos esportes. Bernard Suits soube defini-lo com elegância. Os esportes, como todos os outros jogos, são “atividades com um objetivo definido, nos quais meios ineficientes são deliberadamente escolhidos”.
Existem limites para o que os participantes de algum jogo podem fazer, mas eles estão livres para dar asas à criatividade dentro desses limites. Tomemos como exemplo uma maratona. Os participantes pensariam em usar patins motorizados e outros recursos que os deixasse em vantagem com relação aos seus concorrentes, mas eles simplesmente não põem em pratica essas ideias. Não porque consideram que o uso de um meio externo de locomoção esteja intrinsecamente errado, mas porque sua adoção transformaria a prova da maratona em um evento totalmente diferente.
Ao aumentar a liberdade de escolha por parte do público, o progresso tecnológico acentuou o papel da moda nos esportes: Calças de um material que não