espionagem dos EUA
Outro imbróglio diplomático que o governo brasileiro enfrenta são as revelações de que os EUA espionaram as comunicações dos presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e do México, Enrique Peña Nieto, conforme divulgou uma reportagem da TV Globo no dia 1º de setembro.
As revelações de interceptação de dados da presidente Dilma Rousseff surgiram do jornalista britânico Gleen Greenwald, colunista do jornal The Guardian e que tornou pública a denúncia de Edward Snowden sobre o programa de espionagem norte-americano. Snowden, ex-funcionário de uma empresa que prestava serviços de tecnologia à NSA (Agência de Segurança Nacional) americana vazou documentos secretos que revelavam um esquema de espionagem do governo de Barack Obama em vários países, inclusive o Brasil. Hoje o americano está exilado na Rússia.
Os documentos da NSA indicam que em 2011 foi feito o rastreamento de e-mails, mensagens de texto e conversas telefônicas de Dilma e de seus assessores próximos por agentes de segurança dos EUA. Em Brasília, a agência americana testou com sucesso um sistema de captura de dados. Outras informações do relatório avaliam que o surgimento do Brasil como um ator global de maior importância é apresentado como um fator de instabilidade regional na América Latina.
Após as denúncias de espionagem, Dilma cobrou explicações de Thomas Shannon, embaixador dos Estados Unidos no Brasil, e o Senado brasileiro aprovou uma CPI que investigará o assunto. O Planalto não descarta cancelar a visita de Dilma aos EUA, prevista para outubro. A presidente estuda divulgar um comunicado conjunto com os Brics (grupo dos países emergentes) contra "ações que afetam a soberania dos países". Para amenizar a situação, Obama cogita dar apoio à pretensão brasileira de ocupar uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Greenwald, que passa uma temporada no Brasil, também é protagonista de outra polêmica diplomática, desta vez, entre Brasil e Inglaterra. Em 18 de