Espaço Geográfico
O espaço geográfico é aquele que ao longo da história vem sendo modificado pelas ações do homem.
Para Milton Santos o espaço geográfico é: “formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá.”
O sistema de objetos são os fixos, como a natureza, os edifícios, mas também pode não ser tão material assim, como o endereço de um site na internet, entre outros.
O sistema de ações são os fluxos, que seria a sociedade em si, as informações que circundam o mundo, as transformações químicas que geram energia no nosso corpo, etc.
A relação entre fluxos e fixos é contínua, com a chegada de novos fluxos, exigem-se novas instalações físicas, e esse surgimento de novos objetos criam novas possibilidades de interação, modificando assim os fluxos já existentes e criando novos. Como por exemplo o local de nosso Campus, que em 1910 era uma propriedade do exército, onde se produziam a montagem de cartuchos de artilharia para os militares, que eram os fluxos na época.
Em 1977, a fábrica foi desativada, organizações militares fizeram modificações na estrutura, não se preocupando com a conservação da área e o local foi ficando abandonado.
Devido ao abandono e ao lugar não ter muita iluminação de noite, acabou se tornando um espaço apropriado para pontos de prostituição.
Assim podemos notar novamente a mudança de fixos e fluxos, antes uma fábrica ocupada por militares, e tempos depois, um local abandonado ocupado por prostitutas e cafetões.
Em 1993 o espaço foi tombado pelo município, e começou a ser restaurado com a chegada do Colégio Pedro II, em 2004.
Comparando o conceito de espaço geográfico à nossa atual escola, podemos apontar os fixos como as salas de aula, as árvores, a cantina, o SESOP, e muitos outros.
Mas só as formas não existem por si só, obviamente necessitam-se de significados, de conteúdos