Esconomia
O CONCEITO DE UTILIDADE MARGINAL
1- Introdução: O que determina o valor dos bens? Essa é uma pergunta que durante um longo tempo consumiu o tempo de diversos teóricos da Economia. Vejamos a seguir as diversas respostas dadas a essa pergunta até se chegar à conclusão atual de que os bens possuem valor se forem escassos, ou seja, se forem úteis e limitados em quantidade.
1.1-Valor-Trabalho: Os economistas clássicos britânicos Adam Smith (1723-1790) e David Ricardo (1772-1823) explicaram a origem do valor no trabalho, ou seja, um bem vale o custo do esforço físico envolvido na sua obtenção. O caçador que perseguiu e capturou um coelho ao final de duas horas de trabalho, se for trocá-lo, irá querer um peixe que também demorou duas horas para ser pescado. A teoria do valor-trabalho estabelece que todos os bens que valem, e por isso são trocados, incorporam trabalho. Apenas o trabalho constitui a riqueza.
1.2- Mais-Valia: Usando a teoria do valor-trabalho, Karl Marx (1818-83) defendeu que a acumulação de riqueza ocorre por causa da exploração dos que trabalham. Ele propôs o conceito de mais-valia. Alguém resolve lavar pratos em um restaurante e combina com o proprietário que durante oito horas lavará quinhentos pratos em troca de $10. Tanto para o trabalhador como para o dono do restaurante, o pagamento de $10 compensa o esforço de oito horas de trabalho. Se o dono do restaurante comprar uma lava louça eletrônica, o empregado será capaz de lavar os quinhentos pratos em apenas seis horas. O trabalhador irá agora trabalhar apenas seis horas ou receber mais pelos pratos lavados nas duas horas excedentes? Possivelmente nenhuma das duas situações: nem o trabalhador deixará o local de trabalho nem o patrão irá pagar mais. O número de pratos lavados na sétima e oitava horas mede a mais-valia: o valor a mais de trabalho não pago ao trabalhador que é apropriado indevidamente pelo empregador. Este é um exemplo de