Escola
Na primeira vez que ouvi falar sobre Revolução Russa, tinha onze anos e, como estava lendo um livro que contava de forma fantasiosa o processo, nem sabia que era sobre isso que se tratava. Anos mais tardes, nas várias vezes que o reli, fiquei cada vez mais encantada com a simplicidade com que essa complexa história foi contada, na figura de interessantes animaizinhos de uma fazenda. O livro em questão se chama A Revolução dos Bichos, foi escrito por George Orwell e é visto como um clássico da literatura, figurando na lista dos melhores romances dos últimos tempos.
O livro começa contando sobre um grupo de animais que, influenciados pelo sonho do porco Major e cansados de trabalhar incansavelmente em troca de ração para o fazendeiro Jones, resolvem fazer uma revolução, expulsando o fazendeiro da fazenda e mudando o nome da Granja do Solar para Granja dos Bichos. Iniciava-se então o Animalismo, doutrina que entre tantos princípios, tinha como maior máxima “todos os animais são iguais”.
No início, todos os animais ganhavam a mesma quantidade de ração e, mesmo que nem todos soubessem expor corretamente suas opiniões, todos podiam votar, de forma que dois porcos acabaram por ser vistos como os líderes da revolução, uma vez que se destacavam na administração e elaboração de propostas para a fazenda. Esses dois porcos eram Bola-de-Neve, que se considerava igual aos outros, e Napoleão, que sempre discordava da opinião de Bola-de-Neve e ansiava ter o poder para si. A luta pelo poder ficou bastante definida na reprovação de Napoleão quanto à construção de um moinho e, pouco tempo depois, Napoleão dá “um golpe de estado”, expulsando Bola-de-neve e assumindo a administração da Granja dos Bichos. Napoleão segue com o projeto da construção do moinho e a princípio, mostra-se como um líder firme e justo, mas aos poucos alguns animais começam a desaparecer, outros são retirados da convivência dos pais e os sete mandamentos do Animalismo são cada