Esclerose Múltipla
Coelho, H.N.A.¹; Kastrup, L.P.¹ ; Leite, L.O.B.¹ Moura, D.F.¹ ; Tenório, E.C.¹
¹Curso Médico, Universidade de Pernambuco – Campus Garanhuns - PE, Brasil.
A Esclerose Múltipla (E.M.), também conhecida como Esclerose em Placas, é uma doença neurodegenerativa e desmielinizante do Sistema Nervoso Central (SNC) devido ao seu caráter progressivo e autoimune, afetando, sobretudo adultos jovens. No que concerne ao seu manejo terapêutico são utilizados até então imunomoduladores e imunossupressores que inibem vários processos inflamatórios nos seus surtos, os quais trazem efeitos colaterais a curto e longo prazo. Devido a falhas na terapia usual, houve um impulso nos estudos com células-tronco nos portadores de EM, um método já conhecido e usado no tratamento de algumas neoplasias. O presente estudo visa discorrer sobre a utilização de células-tronco autólogas no tratamento de pacientes acometidos por E.M. Este estudo baseia-se em uma revisão bibliográfica qualitativa em pesquisa de manuais, artigos em revistas voltadas a área de neurociências, em base Scielo, sciencedirect e periódicos CAPES. A terapia com o uso de células-tronco autólogas consiste em uma intervenção imunológica a partir da imunossupressão mieloablativa ou amieloablativa. A técnica baseia-se na retirada de sangue concentrado de células tronco, destruição transitória dos anticorpos pela ação de antineoplásicos associados à quimioterapia, seguido pelo reimplante do sangue previamente retirado. Atualmente é a única opção para os pacientes que não respondem ao tratamento convencional, que fazem uso de imunomoduladores (interferon-beta e acetato de acetato de glatiramer) e imunossupressores (ciclofosfamida e mitoxantrone). O transplante autólogo com células-tronco hematopoéticas (TACTH) tem a capacidade de suprimir a inflamação e a progressão do quadro em mais de 70% dos portadores de EM. O seu uso mostra-se