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A INFLAÇÃO NA ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
A inflação consiste na variação nominal e sustentada dos preços de bens e serviços. É comum os estudos de viabilidade económica serem elaborados a preços constantes, com o pressuposto de que a inflação afecta de igual modo todos os preços e custos. Apesar dos preços evoluírem de modo diferenciado por produtos, aspecto que deveria ser tido em consideração quando se estimam os fluxos financeiros a preços correntes - isto é quando se considera o impacto da inflação no processo de estimação -, é comum assumir-se, por comodismo ou por falta de informação detalhada, uma taxa indiferenciada de inflação para todos os custos e proveitos de um determinado período. A inflação, constituindo num aumento geral dos preços, tem um impacto nos cash flows dos projectos de investimento a três níveis: • • •
Nos rendimentos nominais, que aumentam; Nas despesas nominais, que aumentam também; Nos juros e encargos ligados ao endividamento, que também aumentam.
A análise de investimentos em contexto inflacionário pode ser efectuada em termos nominais ou em termos reais. Assim, os cash flows nominais devem ser actualizados a taxas nominais e os cash flows reais devem ser actualizados a taxas reais.
INFLAÇÃO E TAXA DE ACTUALIZAÇÃO
A forma de estimar as taxas de actualização, ajustando-as do efeito da inflação, consiste na seguinte relação:
ino min al = (1 + ireal ) (1 + π ) − 1
Onde π é a taxa de inflação.
IMPACTO DIFERENCIADO SOBRE OS CUSTOS E PROVEITOS
Quando todos os custos e proveitos reflectem de igual modo o impacto da inflação, a análise de investimentos a preços correntes e a preços constantes é equivalente. O impacto da inflação é neutro. No entanto há um pequeno detalhe que pode alterar essa conclusão. As amortizações são determinadas pelo valor dos activos subjacentes. Tendo em conta que estes são