Era Mauá
MAUÁ
A segunda metade do século XIX se caracterizou pela expansão do capitalismo. Os donos do capital desejavam não só exportar seus produtos, mas também controlar os países produtores de matérias-primas, através de séries de investimentos no setor de serviços. Com o fim do tráfico negreiro – estabelecido devido pressão inglesa – as cidades e as primeiras indústrias começaram a crescer graças à realocação dos investimentos.
É dentro desse contexto que surge o visconde de Mauá – provavelmente o maior empresário brasileiro do período do Império. Sua associação com o capitalismo britânico foi o que permitiu a modernização do Sudeste do país, e em especial do Rio de Janeiro. O empresário destacou-se grandemente no setor de serviços públicos, transportes, e comunicações, com especial destaque para suas grandes iniciativas no setor ferroviário. Porém, devido às restrições de financiamento dos banqueiros ingleses aliadas as crises diplomáticas no contexto da guerra do Paraguai e a falta de protecionismo do governo imperial, o visconde acabou decretando falência no ano de 1875.
A expansão manufatureira foi freada mediante o predomínio dos interesses agrários. Além disso, deve ainda ressaltar que o Brasil se apoiava em uma estrutura escravista e nas exportações de matérias-primas. O mercado interno era muito pequeno para absolver a produção manufatureira, sendo que qualquer empreendimento industrial tenderia ao fracasso sem que houvesse modificações estruturais.
ECONOMIA SEGUNDO REINADO
A economia do Brasil foi transformada pelo desenvolvimento da lavoura cafeeira no Sudeste do país e pelo surto industrial liderado pelo barão de Mauá. A política interna do Segundo Reinado foi marcada pela aliança entre os membros liberais e conservadores da aristocracia rural. Essa foi uma época de prosperidade e de estabilidade social e política, na qual ocorreram também grandes sucessos na política externa do Brasil.
A lavoura cafeeira foi a