equlibrio hidriolítico

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O equilíbrio hidroeletrolítico é assunto de importância para todas as especialidades. Porém, seu entendimento prático é, por vezes, revestido de variados graus de dificuldade.

Embora a concentração dos íons de uma solução seja rapidamente determinada laboratorialmente, é bom ressaltar que os volumes dos vários compartimentos hídricos têm uma importância ainda maior no tratamento cirúrgico. Embora a extensão e as distorções presentes nestes volumes hídricos não sejam prontamente determinadas por medida direta, é essencial um conhecimento das várias subdivisões da água total do organismo para compreender e tratar os problemas hidroeletrolíticos mais complexos.

A água tritiada foi utilizada como isótopo para determinar a água do organismo. A água representa 50 a 60% do peso corporal, estando presente, em maior quantidade, nas pessoas magras, e, em menor quantidade, nas obesas. As mulheres têm uma percentagem menor de água total no organismo devido à maior quantidade de tecido adiposo subcutâneo. A água do organismo pode ser dividida em compartimentos:

a)Intracelular - 40% do peso corpóreo,
b)Extracelular - 20% do peso corpóreo (Intersticial 5% e Intravascular 15%).
O líquido intersticial não pode ser medido diretamente por isótopos usados nas dosagens de diluição do indicador, porém consiste na diferença entre o líquido extracelular total e o volume localizado no espaço intravascular.

A barreira que se interpõe entre o LIC e o LEC é a membrana plasmática, composta por uma bicamada lipídica associada a moléculas protéicas que formam canais ou poros por onde a água tem passagem. A quantidade de água difundida para dentro da célula é normalmente contrabalançada por uma mesma quantidade de água que sai.

Quando duas soluções de diferentes concentrações (como é o caso do LIC e do LEC), são separadas por uma membrana permeável, à água, mas não aos solutos (portanto uma membrana semipermeável), haverá difusão de água do lado de menor concentração de soluto

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