Equilibrio sagital
Dr. Xavier Soler Graells
O homem evoluiu de uma atitude quadrúpede para a posição ereta, a bipedia. A descoberta da “Lucy”* ( Australopithecus afarensis) em 1975 por Yves Coppens¹ nos mostra esta evolução.
Todos os primatas podem deslocar- se de maneira bípede. O homem, no entanto, é o único capaz de fazê-lo de forma estável por longo tempo e distância. O segredo é a lordose lombar que não existe em outra espécie. Os grandes primatas têm uma coluna em cifose global.
O complexo anatômico pelve/coluna torna possível a extensão da coxofemoral e a lordose lombar. O sacro é a união da pelve com a coluna, a sua posição morfológica estática e dinâmica deve ser compreendida.
O equilíbrio sagital da coluna e a posição fisiológica do tronco e bacia com o mínimo de esforço e do gasto energético. Definimo-lo por parâmetros pélvicos e vertebrais.
A incidência pélvica e o declive sacral, estudados por Legaye et al ² são ângulos fundamentais para a compreensão da lordose lombar. Roussoly et al ³ classifica a lordose lombar em quatro padrões morfológicos, tendo em consideração o declive sacral. A importância clinica da classificação de lordose e que para determinado tipo a coluna pode desenvolver uma seqüência de efeitos degenerativos específicos. De forma hipotética, analisando o tipo de lordose, podemos predizer e evolução degenerativa da coluna ao longo dos anos. Os parâmetros pélvicos : incidência pélvica, declive sacral e versão pelvica.
A variação da lordose e definida pelo declive sacral (DS). Quando o DS é pequeno < 35 graus classificamos dois tipos de lordose:
Tipo 1: lordose aguda curta e cifose toraco-lombar
Tipo 2: dorso plano(flat back)
Quando o DS tem valo médio >35 graus > 45 graus
Tipo 3: coluna mais bem equilibrada
Quando o DS é grande >45graus
Tipo 4: cifose aguda curta lordose aumenta em ângulo e numero de vértebras.
Assim dependendo do tipo de lordose a evolução degenerativa pode ser