Epilepsia
na ELTM associada à esclerose mesial. O tipo de crise mais freqüente se apresenta
como uma sensação de mal-estar epigástrico ascendente, algumas vezes
caracterizada como dor, opressão ou frio na região epigástrica ou torácica. Os
pacientes podem ainda referir sensações dismnésticas, ou ainda medo súbito
desproposital. O comprometimento da consciência é freqüentemente observado,
porém difícil de quantificar; caracterizando-se por graus variados de redução da
reatividade e responsividade ao ambiente e aos vários tipos de estímulos. A
generalização secundária das crises epilépticas não é usual. Algum grau de
disfunção cognitiva e de linguagem pós-ictal pode estar presente nos pacientes com
crises límbicas, sendo a intensidade dos mesmos dependentes do envolvimento do
hemisfério dominante.
A primeira crise habitual que tende a ser estereotipada ao longo da história de cada
paciente ocorre geralmente no final da infância ou início da adolescência, podendo
ser seguida de um período no qual as crises epilépticas são inicialmente
controladas, até tornarem-se não responsivas ao tratamento farmacológico. Apesar
da ELTM associada à esclerose hipocampal ser classicamente descrita como uma
síndrome epiléptica refratária ao tratamento clínico, um percentual significativo dos
pacientes respondem ao tratamento medicamentoso habitual, o que não foi
observado no paciente do caso clinico especificado.[1]
A epilepsia do lobo temporal mesial possui uma importância clinica decorrente de sua alto prevalência e elevada proporção de pacientes com crises epilépticas refratárias ao tratamento por medicamentos; sendo a esclerose mesial a etiologia encontrada em 50-70% dos pacientes com ELMT refratária ao tratamento clinico.
Com isso, apesar de nem todos os mecanismos fisiopatológicos da epilepsia estarem esclarecidos, algumas