Epilepsia
A palavra epilepsia é um termo abrangente, cercado de misticismo pela cultura popular e, muitas vezes, confundido, mesmo nos meio médico e acadêmico, com vários outros termos como crise epiléptica, disritmia cerebral, convulsão e síndrome epiléptica. Crise epiléptica é o conjunto de sinais e/ou sintomas transitórios devidos à atividade elétrica excessiva do córtex cerebral. Convulsão é uma expressão alternativa a crise generalizada do tipo tônico-clônica; definida clinicamente como um episódio de contração muscular massiva, geralmente bilateral, que pode ser sustentada ou breve devido a descargas elétricas acometendo ambos os hemisférios cerebrais. Por epilepsia entende-se a recorrência de crises epilépticas com todas as suas conseqüências cognitivas e psicossociais. Por fim, com o termo síndrome epiléptica entende-se o distúrbio epiléptico em que ocorre agrupamento de sinais e sintomas que costumeiramente ocorrem juntos. Estes incluem vários itens como, tipo(s) de crise(s), etiologia, anatomia, fatores precipitantes, idade de início, gravidade, cronicidade, comportamento cíclico diurno e circadiano e, às vezes, prognóstico. As epilepsias podem ser agrupadas de acordo com a presença ou não de lesão cerebral identificável em: Sintomática, na qual existe uma lesão cerebral identificável causadora das crises epilépticas; Criptogênica, na qual as crises epiléticas demonstram um padrão característico de atividade anormal em área definida do cérebro, porém os meios diagnósticos atualmente disponíveis não são capazes de identificá-la e Idiopática, na qual não há causa suspeita ou definida. Por outro lado, crises epilépticas podem ser classificadas quanto à extensão da atividade elétrica aberrante em: Parcial, quando o fenômeno é restrito a uma área do cérebro, e Generalizada, quando todo o cérebro é acometido pela descarga elétrica. As crises parciais ainda podem ser subdivididas em simples, nestas sempre a consciência é mantida, ou complexas, sempre