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o capital trabalha com o movimento contraditório da desigualdade no processo de seu desenvolvimento. No caso brasileiro, o capitalismo atua desenvolvendo simultaneamente, na direção da implantação do trabalho assalariado, no campo em várias culturas e diferentes áreas do país
no Brasil, o desenvolvimento do modo capitalista de produção se faz principalmente pela fusão, em uma mesma pessoa, do capitalista e do proprietário de terra. a chamada modernização da agricultura não vai atuar no sentido da transformação dos latifundiários em empresários capitalistas, mas, ao contrário, transformou os capitalistas industriais e urbanos - sobretudo do Centro-Sul do país - em proprietários de terra, em latifundiários. A política de incentivos fiscais da Sudene e da Sudam foram os instrumentos de política econômica que viabilizaram esta fusão. Dessa forma, os capitalistas urbanos tornaram-se os maiores proprietários de terra no Brasil, possuindo áreas com dimensões extremas
Nas regiões Sul e Sudeste, verifica-se um alto número de lutas sociais pela terra, percebidas pelos conflitos – no Estado do Paraná, em particular - e acampamentos de trabalhadores sem terra e por ocupações de terras – nos Estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Nas mesmas regiões, ocorre um alto índice de despejos judiciais, com ativa e imediata decisão de juizes por reintegração de propriedade da terra, embora no estado do Paraná também exista o exercício da violência contra a pessoa. No mesmo Estado do Paraná, é expressivo o número de projetos de assentamento.