Entenda o caso Derivativos VS Sadia

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Grandes empresas como Sadia e Aracruz protagonizaram um dos mais críticos efeitos da crise financeira global para o Brasil há três anos. Com a alta repetina do dólar entre agosto e outubro de 2008 – quando a moeda passou de aproximadamente R$1,60 para cerca de R$ 2,40 - as companhias contabilizaram enormes prejuízos pois estavam altamente expostas a operações com derivativos cambiais que ganhavam com a perda da moeda norte-americana.

O início do problema foi antes do estouro da crise financeira de 2008, quando cresceu muito um tipo de operação de financiamento realizada entre bancos e empresas. Nessas operações, a taxa que seria paga pelo tomador dos recursos dependia da cotação do câmbio vigente até a data de vencimento do contrato estabelecido entre as partes.

Estilingada do dólar, que quebrou Sadia e Aracruz em 2008, não fará novas vítimas
Caso o dólar ficasse abaixo de um determinado patamar, os juros efetivos pagos pelo financiamento seriam menores do que os praticados pelo mercado, o que na época era vantajoso para as empresas.
Mas se a cotação ficasse acima, o valor devido crescia com a cotação do câmbio, tornando a operação vantajosa para os bancos.

As empresas que entravam nesse tipo de operação eram exportadoras e quando a operação estava bem calibrada, esse tipo de financiamento era entendido como uma boa estratégia de proteção contra as oscilações do dólar.

Mas à medida que a volatilidade do mercado diminuía e uma forte tendência firme de alta do dólar se consolidava, diminuía a atratividade dessas operações.

Nesse cenário, mesmo para empresas exportadores, esse tipo de financiamento deixava de ser uma operação de proteção para se tornar uma operação especulativa.

AFP
Como resultado do enfraquecimento da empresa em 2008, a Sadia acabou se unindo à concorrente Perdigão
Mesmo assim, atraídas por despesas financeiras mais em conta, diversas companhias, mesmo as que não eram exportadoras, ou seja, sem a proteção natural contra

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