Ensaio Sobre Teoria Neuroend Crina Do Envelhecimento

Ensaio sobre Teoria Neuroendócrina do Envelhecimento
Vittoria de Lima Camandona

“Para além do nascimento e da morte, uma das certezas da vida é que todas as pessoas envelhecem”. (Mota, Figueiredo, Duarte, 2004)

A temática acerca do fenômeno do envelhecimento tem despertado o interesse desde os primórdios da humanidade, e levou ao desenvolvimento de múltiplas teorias biológicas do envelhecimento, algumas mais centradas na importância dos fatores genéticos e outras nos fatores estocásticos. Envelhecer faz parte de um processo heterogêneo e individual, que varia de espécie para espécie, de individuo para indivíduo. Em suma, as teorias evolutivas contemporâneas do envelhecimento comungam a noção de perda de funcionalidade progressiva com a idade, com o consequente aumento da susceptibilidade e incidência de doenças, aumentando a probabilidade de morte (Mota, Figueiredo, Duarte, 2004). Neste ensaio, abordaremos uma reflexão sobre a Teoria Neuroendócrina.
É sabido que os hormônios desempenham um papel fundamental em nosso organismo. Eles são produzidos em diferentes partes do corpo, sobretudo pela hipófise e funcionam como uma reação em cadeia. Desta forma, tanto para ativar como inibir um hormônio, é preciso o envolvimento de outro. A Teoria Neuroendócrina atesta que o progresso do envelhecimento é resultante do declínio de diversos hormônios do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal, visto que o hipotálamo depende da expressão de genes específicos, os quais, independentemente da influência dos fatores estocásticos, alteram a sua expressão com o envelhecer, condicionando um conjunto de funções diretamente dependentes do sistema neuroendócrino. Fatores estocásticos podem ser interpretados como um conjunto de processos imprevisíveis, ou seja, dadas condições iniciais é impossível prever de maneira uni fatorial as condições futuras de tal processo.
A Teoria Neuroendócrina postulada por Weinert e Timiras apoia-se no argumento no qual as funções neurais e endócrinas buscam