Enfermagem

Paterson e Zderad partem do contexto da prática humanística de enfermagem. O interesse está voltado para as práticas exercidas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e incentiva para que o cuidado contribua para a relação enfermeiro-paciente.
As autoras descrevem a enfermagem como uma resposta de cuidado de uma pessoa para com a outra num período de necessidade, ajudando-a a alcançar bem-estar.
A Teoria Humanística de Paterson e Zderad é um desafio, pois exige, de quem a adota, a compreensão da experiência do cliente. Isso implica estar aberto ao todo da experiência, despir-se de pré-julgamentos, aceitar as expressões e sentimentos do cliente para, a partir daí, responder às suas necessidades compartilhando amor e confiança, a fim de que ele possa vir a ser mais e melhor (processo de tornar-se tudo o que é humanamente possível em sua situação particular).
Responder adequadamente a um chamado do cliente é identificar as suas necessidades emergentes. Se não lhe respondemos dessa forma, podemos perder o momento do encontro, da inter-relação, do significado. Para Paterson e Zderad , a saúde pode ser encontrada na vontade que uma pessoa tem de estar aberta às experiências da vida, independente do seu estado físico, social, psicológico ou espiritual, pois é algo mais do que a ausência de doença. Assim, independente de sua doença, o cliente pode estar saudável, se estiver aberto às experiências da vida. O encontro do enfermeiro com o cliente pode resultar, então, em conforto, porque a pessoa pode vir a se sentir confortável mesmo enfrentando uma doença, na medida em que há envolvimento com o outro, em relações verdadeiras.
Um aspecto, nesse sentido, refere-se à possibilidade de fazer escolhas. Como citamos anteriormente, o cliente de UTI muitas vezes está afastado de qualquer tomada de decisão quanto à sua vida, à sua doença, ao seu corpo, ao contato com seus familiares. Assim, a enfermagem que ajuda a aumentar a possibilidade e a capacidade de os clientes fazerem