enfermagem
Na época das grandes navegações, nos séculos 15 e 16, o vírus da febre amarela embarcou com os exploradores e se disseminou pelo mundo.
Mosquitos na selva
O vírus da febre amarela sobrevive, no ambiente selvagem, nos organismos de mosquitos - dos gêneros Haemagogus e Sabethes - e de primatas, como macacos e saguis. Quando um desses mosquitos pica um animal contaminado, o inseto é infectado e se torna um vetor permanente.
Ao injetar uma substância anticoagulante, antes de sugar o sangue de primatas silvestres saudáveis, esses mosquitos transmitem o arbovírus da febre amarela para suas vítimas.
Uma vez na corrente sanguínea de um primata, como o macaco-barrigudo - Lagothrix lagotricha, o vírus se instala nas células de seu organismo e se multiplica, até que as mesmas se rompam, liberando novos vírus.
O vetor nas cidades
A febre amarela ficaria restrita ao ambiente selvagem, como florestas tropicais, subtropicais e ao cerrado, não fosse por dois fatores.
Primeiro, o ser humano, da ordem dos primatas, pode ser infectado. E segundo, no meio urbano e nos ambientes rurais, prolifera uma espécie de mosquito capaz de transmitir a febre amarela, o Aedes aegypti - que também dissemina a dengue.
A febre amarela não é contagiosa, isso é, os primatas não transmitem essa doença. Os mosquitos vetores é que se encarregam de espalhar o vírus, dos macacos para o ser humano, ou vice-versa.
Prevenção
Existe vacina contra a febre amarela e ela deve ser tomada 30 dias antes de se viajar para ambientes selvagens ou rurais. A maior parte das pessoas se previne na véspera da partida e, nesses casos, a vacina não tem efeito.
"O organismo leva um tempo para criar anticorpos contra o arbovírus", explica Stefan Cunha Ujvari, médico infectologista. A