Enfermagem
Mato Grosso
Migration and Hansen’s disease in
Mato Grosso
Maria da Conceição Cavalcanti MagalhãesI
Emerson Soares dos SantosII
Maria de Lourdes de QueirozIII
Messias Lucas de LimaIII
Rita Christina Martins BorgesIII
Maria Silva SouzaIII
Alberto Novaes RamosIV
I
Secretaria Executiva do Ministério da Saúde – Brasília (DF), Brasil
II
Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo – São Paulo (SP), Brasil
III
Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso – Cuiabá (MS), Brasil
Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal do Ceará – Fortaleza (CE), Brasil
IV
Trabalho realizado na Oficina de Pesquisa Operacional em Serviços de Saúde, promovida pelo
Ministério da Saúde, Universidade Federal do Ceará e Netherland Leprosy Relief (NLR).
Fonte de financiamento: nenhuma.
Correspondência: Maria da Conceição Cavalcanti Magalhães – SQS 205, Bloco I, Apto. 606, Asa
Sul – CEP: 70295-050 – Brasília (DF), Brasil – E-mail: mariac.magalhaes@uol.com.br
Conflito de interesse: nada a declarar.
Rev Bras Epidemiol
2011; 14(3): 386-97
386
Resumo
Trabalhos de geografia médica sobre hanseníase discutem o papel da ocupação dos territórios como fundamento da permanência de focos leprógenos. No Brasil, os
Estados que apresentam as mais altas taxas de detecção, historicamente, se localizam na região amazônica, o que evidencia uma desigual evolução regional da doença. Este trabalho analisa a evolução da hanseníase contextualizando os processos migratórios que ocorreram no Estado de Mato Grosso a partir da segunda metade do século XX. O crescimento econômico ocorrido no Estado nas décadas de 1970, 1980 e 1990 provocou taxas de crescimento populacional maiores que a média nacional. Os dados analisados permitem uma associação entre o crescimento e dispersão dos coeficientes de detecção da hanseníase com o processo de ocupação do território mato-grossense.
Entretanto,