Energia Solar
País tropical que até pouco tempo atrás ignorava o potencial da energia solar, o Brasil tem agora 13 Estados aptos a explorar em residências essa fonte alternativa.
Embora o custo de produção continue alto, as elevadas tarifas pagas pelo consumidor de algumas regiões compensam a instalação de um microparque gerador de energia nas residências.
A energia solar custa cerca de R$ 500 o megawatt-hora no Brasil, valor quase quatro vezes superior à média dos leilões de energia entre 2004 e 2011, de R$ 122 o MWh.
O valor efetivamente pago pelo consumidor residencial, no entanto, está próximo do da solar, por causa dos custos de transmissão, distribuição e impostos, que não incidem sobre essa fonte.
"O custo da energia solar está muito acima dos valores praticados hoje [nos leilões], mas ela pode ter espaço nas residências", diz Alexandre Zucarato, gerente de Inteligência de Mercado da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
"O valor de R$ 500 o MWh é mais ou menos a nossa tarifa de consumidor cativo", afirma Zucarato, se referindo à média do país.
O preço cobrado hoje nas contas de luz é fator mais importante quando se analisa a competitividade da energia solar em relação às fontes tradicionais, diz Rafael Kelman, sócio da PSR Consultoria, especializada no setor.
A PSR desenvolveu o estudo que mostra em que áreas de 13 Estados vale a pena investir na geração de energia solar.
Em alguns Estados, o resultado é heterogêneo, porque as tarifas mudam de acordo com a distribuidora.
CUSTO
Hoje, no Brasil, o custo de instalação é de aproximadamente R$ 7.000 por kW de capacidade. Como uma instalação típica de uma residência precisa de 2 kW a 3 kW de capacidade, o capital inicial necessário varia de R$ 14 mil a R$ 21 mil, segundo Kelman.
Ao fazer as contas para analisar se o custo vale a pena, o usuário precisa amortizar o valor do investimento inicial em 25 anos -tempo de vida útil médio dos painéis fotovoltaicos.
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