Energia geotérmica
O aproveitamento direto do calor existente no interior da terra, nas regiões vulcânicas, tem sido efetuado há já bastantes anos. A utilização de "águas quentes" em fontes termais remonta às civilizações etruscoromanas. Também o aproveitamento dessa energia para cozinhar tem sido feito há já algum tempo - o famoso cozido das furnas, na ilha de S. Miguel, é disso um bom exemplo (colocam-se os ingredientes do cozido num recipiente que é envolvido em serapilheira e atado; seguidamente é introduzido num buraco no solo e é tapado com terra).
Com a utilização indiscriminada dos recursos energéticos não renováveis disponíveis, torna-se cada vez mais necessário recorrer a fontes de energia renováveis como o Sol, o Vento e a Água. A energia dos materiais em fusão no interior da terra – energia geotérmica, pode igualmente ser aproveitada, constituindo, assim, um outro tipo de energia alternativa.
Também nos Açores, na ilha de S. Miguel, existe uma central geotérmica, com a capacidade de produzir 4.6 Mwe .
Neste tipo de centrais, aproveita-se a existência de reservatórios de água subterrânea a elevada temperatura, que pode atingir os 370 ºC , em virtude do contacto com as rochas quentes.
Em muitas centrais geotérmicas observa-se a emissão de um vapor branco. Contudo é apenas vapor de água e não qualquer outro gás resultante da combustão de fuel, carvão, ... como nas centrais térmicas. Este tipo de centrais contribui para a diversificação das energias alternativas e poupa as fontes não renováveis, sendo, por isso, muito usada em diversos países.
A água aquecida geotermicamente é utilizada para piscicultura, agricultura, aquecimento de casas, processos industriais (secagem de madeira e de alimentos), para impedir que as estradas gelem no inverno (através da instalação de tubos por baixo do pavimento);