Encontro efa na gulbenkian
Maior autonomia das organizações da sociedade civil face à tutela do Estado foi tema de destaque no II Encontro EFA realizado em Lisboa e constitui lema para um novo ciclo da educação de adultos em Portugal. Depois de uma década marcada pelo apoio dos governos ao sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências e às diversas modalidades de educação de adultos valoriza-se agora a consolidação da iniciativa e das redes locais e preconiza-se a autonomização das acções da sociedade civil das condicionantes impostas pelo financiamento público.
O Encontro Nacional realizado na passada sexta-feira dia 9 de Novembro, no quadro da Semana Aprender ao Longo da Vida, reuniu várias dezenas de actores institucionais e operacionais na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa. Uma iniciativa da Associação Direito de Aprender que deu voz a um conjunto alargado de intervenientes oriundos da universidade, dos centros de educação e formação, das associações locais e das empresas que afirmaram a sua satisfação pela realização do evento ocorrido num momento particularmente difícil para a educação de adultos em Portugal.
RESILIÊNCIA E INICIATIVA LOCAL
Estamos vivos, afirmou Alberto Melo, na abertura do II Encontro EFA – Educação e Formação de Adultos, dirigindo-se em tom de resistência e de celebração aos presentes no Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian que, pela segunda vez, acolheu os protagonistas do sector da educação mais severamente castigado pelas actuais politicas governamentais, sobretudo pela drástica redução do número de Centros Novas Oportunidades e pela imposição do Ensino Recorrente como modalidade central da progressão escolar dos adultos.
É verdade que a realização do Encontro veio pelo menos temperar o desânimo que caracteriza o actual estado de espírito de muitos dirigentes e técnicos das instituições ligadas à educação de adultos e