Empresa e a sustentabilidade
A trajetória da sustentabilidade no mundo
Dos negócios
“Atender às necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades.“
Essa é, com certeza, a definição sobre Desenvolvimento Sustentável mais difundida em todo o mundo. Publicada pela primeira vez no relatório intitulado Nosso Futuro Comum, elaborado pela Comissão Mundial para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (1987), consegue, em poucas palavras, alertar a todos que não se deve utilizar os recursos naturais de forma predatória, sem pensar no legado a ser deixado. Essa acepção induzia a uma nova visão do crescimento econômico, deixando de partir do pressuposto básico de que os recursos naturais são infinitos. Desde então, acelera-se o entendimento e a percepção de que as questões socioambientais não devem ser tratadas exclusivamente como um assunto técnico ou político. Afinal, não só o Estado tem um papel a cumprir: o cidadão e também as empresas têm uma missão, que vai além da geração de lucro e da remuneração do capital dos acionistas. Esse processo de conscientização, entretanto, teve início anos antes, ainda na década de 1970, quando começou a emergir no mundo dos negócios o conceito de Responsabilidade Social Empresarial (RSE), focado a princípio na defesa dos direitos humanos e na contribuição das empresas para causas sociais (filantropia), sem abordar necessariamente questões ligadas de forma direta aos negócios. Foi o primeiro passo para o surgimento, anos mais tarde, da Teoria do Stakeholder (parte interessada), uma abordagem de gestão estratégica que preconiza o endereçamento de demandas dos diversos públicos de relacionamento, até mesmo daqueles que não fazem parte obrigatoriamente da cadeia de valor das empresas, mas com os quais se relacionam, tais como órgãos governamentais, organizações da sociedade civil e comunidades do entorno.Como