Emprego dos Porqu s
Por que - separado e sem acento
1º caso: Por que = por que razão ou por que motivo
No início de orações interrogativas diretas (com o ponto de interrogação grafado): Por que você fez isso? Por que você disse aquilo?
2º caso: Por que = por que razão ou por que motivo
No início de orações interrogativas indiretas (sem o ponto de i n t e r r o g a ç ã o ) .
Não sei por que você fez isso.
Perguntaram-me por que você faltou.
3º caso: Por que = pelo qual (ou variações)
- No início de orações subordinadas adjetivas, quando o por é preposição e o que é pronome relativo, substituível por o qual, a qual, os quais, as quais.
- Com a função de relativo, o que aparece sempre separado do por. Nesse caso há, sempre, um substantivo anteposto (claro ou subentendido) ao por que:
Essa é a razão por que o demiti.
Não se sabe o motivo por que você disse aquilo. Não há por que reclamar .
.Acertei a prova toda. Eis por que fiquei feliz . (eis o motivo, a razão)
4º caso: O que é conjunção integrante.
Usa-se ainda por que (em duas palavras) quando a preposição por é uma exigência de um nome relativo; o que, nesse caso, é uma conjunção integrante:
Eles demonstraram simpatia por que eu ficasse ali com eles.
(Quem demonstra simpatia, demonstra simpatia por alguma coisa; portanto, simpatia é um nome relativo.) Estou ansioso por que o aumento seja aprovado.
(Quem está ansioso, está ansioso por alguma coisa; logo, ansioso é um nome relativo.)
Por quê - separado e com acento
Quando por que vem em final de frase de qualquer natureza e o acento se justifica pelo fato de o que ser tônico:
Você fez isso, por quê?
Ele fez isso por quê, se foi orientado para não fazê-lo?
Você faltou e não disse por quê.
Porque - junto e sem acento
Usa-se nos casos não mencionados anteriormente.
Não apoio esse governo porque desconfio dele. (Conjunção)
Porquê - junto e com acento
Observe-se que o porquê pode aparecer, às vezes, substantivado, ou seja, precedido de artigo, numeral ou pronome.