Empreendedorismo
Adm. Walter Sigollo
Presidente do Conselho Regional de Administração de São Paulo
A transformação do conhecimento em competência é a chave para gerar resultados e, consequentemente, fazer com que a força de trabalho seja reconhecida”
O conhecimento como ferramenta competitiva não é privilégio da geração atual. Na chamada Revolução Industrial, que ganhou esse nome por substituir a produção doméstica pelo sistema fabril (um notável avanço tecnológico para a época –entre 1750 e 1950), diversos problemas enfrentados pelas organizações foram solucionados pela capacidade criativa e intelectual do homem.
A diferença para os dias de hoje é que o conhecimento era tácito, ficava restrito ao contexto em que se encontrava inserido. O seu domínio estava ligado ao poder, logo, compartilhá-lo era o mesmo que perder.
Esse conceito começou a ruir com a intensificação das transformações econômicas, políticas, sociais e culturais, a partir da década de 90, com a globalização dos mercados. As mudanças nas práticas de gestão tornaram-se frequentes e surgiram novas formas de organização de trabalho. Um sinal de que o conhecimento deveria ser aberto e o acesso às informações amplo.
Nesse novo cenário, as empresas descobriram que o que as diferenciariam nos segmentos que atuam seria a forma como aplicariam o que conhecem. Para isso, passaram a depender do capital intelectual, ou, em outras palavras, de ter pessoas em seus quadros que saibam pensar, criar, inovar, ousar, compartilhar.
Esse é o tom da matéria principal desta edição da Revista Administrador Profissional. Além de destacar os atributos que o profissional deve ter para atender as expectativas competitivas das organizações, a ideia é mostrar aos leitores que o desenvolvimento de conhecimentos –não estamos falando de treinamentos nem de cursos de capacitação, mas de conteúdos que ampliam a intelectualidade– não é uma atribuição exclusiva das empresas.
Todavia, não se devem furtar