Empreendedorismo
Por Sílvia Gusmão Ramos
Nomes conhecidos do mundo dos negócios, como Steve Jobs, Bill Gates ou Mark Zuckerberg, nunca frequentaram uma universidade ou abandonaram o curso. Mas serão eles que não gostavam de estudar ou os cursos que não atendem a demanda dos estudantes que possuem espírito empreendedor?
Um estudo internacional chamado "Projeto de educação empresarial", comandado por professores das universidades dos Estados de Illinois e Wisconsin, nos EUA, aponta que embora o empreendedorismo já seja considerado como um projeto a ser seguido por muitos, as universidades não estão adequadamente preparadas para atender a essa demanda. O estudo entrevistou professores de 80 universidades em 40 países, em 2011, sendo escutados professores de 16 universidades brasileiras, além de 604 estudantes.
País apresenta em vários de seus cursos disciplinas de empreendedorismo, mas pecam por serem muito teóricas
De acordo com Amisha Miller, gerente de pesquisa da Endeavor, instituição responsável pelo estudo no Brasil, o País apresenta em vários de seus cursos disciplinas de empreendedorismo, mas pecam por serem muito teóricas. "Os cursos dão muita ênfase à criatividade e à inovação, mas não ensinam como transformar isso em produtos", diz.
Por essa razão, vale um alerta às instituições de ensino para que fiquem atentas ao novo perfil de jovens que estão ingressando no mercado de trabalho; os jovens da chamada Geração Y. Inquietos, sem receio de arriscar, dispostos a apostar em ideias novas e em seu próprio negócio, eles seguem ao encontro de um mercado de consumidores mais sofisticados, ávidos por novidades e com maior poder aquisitivo. Os dados da pesquisa atestam essa realidade: a maioria (52,8%) dos entrevistados vê o empreendedorismo com bons olhos, enquanto 48,2% considera a atividade na perspectiva de uma carreira a ser assumida.
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