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Os derrotados, por seu lado, para desqualificar os adversários vitoriosos, nunca deixaram de tratar os eventos de março de 1964 como um golpe militar patrocinado pelos norte-americanos, colocando-o entre os tantos outros que infelicitaram a história da América Latina. Típica posição tomada pelo autor do livro O golpe começou em Washington, do jornalista Edmar Morel (Editora Civilização Brasileira, RJ, 1965).
Mas afinal "1964" foi uma revolução ou uma contra-revolução? De certo modo, ambos estão certos e ambos estão equivocados. Na concepção clássica, a palavra revolução é entendida como um movimento político radical e violento que remove à força, em geral por meio de uma guerra civil sangrenta, as classes dirigentes tradicionais, arrancando-as do governo e substituindo-as por uma outra força, composta pela nova geração emergente. Isso ocorreu na Revolução Americana de 1776 e durante a Revolução Francesa de 1789, ocasião em que a monarquia absolutista foi derrubada e a velha nobreza europeia viu seus privilegios ruírem.
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Dilma sobre golpe: verdade não dá espaço a ódio nem a perdão Evidentemente que o movimento político-militar de 1964 não promoveu nada disso. Em nenhum momento ele deixou de ser