Eminem
Sou filho de um jurista que foi professor catedráticos e diplomata o Sr. Armindo Monteiro. A minha mãe tinha ascendência espanhola e tive uma infância feliz em que os problemas económicos nunca se colocavam.
Quando fiz dez anos, o meu pai foi nomeado embaixador em Inglaterra. Por isso, tivemos de nos mudar para Londres, onde vivi até 1943, altura em o Salazar demitiu o meu pai do cargo por ser simpatizante do regime inglês. A estadia em Londres exerceu uma forte influência na minha personalidade e ainda em toda a minha vida e obra.
Quando voltei a Portugal, estudei num colégio de Jesuítas em Santo Tirso, do qual fui expulso, depois fui para o Liceu Pedro Nunes. Apesar do meu gosto pela Matemática, a influência dos meus familiares levou-me a seguir as pegadas do meu pai tirando, assim, o curso de Advocacia na Faculdade de Direito de Lisboa. Contudo, não me senti realizado e, por isso, foi breve a minha passagem pelo Direito.
O meu fascínio por Londres e por tudo que lá aprendi manteve-se bem vivo. Por isso, resolvi voltar a esta cidade onde me casei com uma senhora inglesa e me tornei corredor de Formula 2.
Dediquei-me também à pesca e à gastronomia.
De regresso a Portugal e incentivado por autores com José Cardoso Pires, comecei a escrever para Almanaque em 1960, sob o pseudónimo de Manuel Pedroso. Esta data representa um marco fundamental na minha carreira literária. Em 1960 foi publicado o meu primeiro romance Um homem não chora. No ano seguinte, escrevi Angústia para o jantar e o drama Felizmente há luar! Que me valeu os primeiros Grandes Prémios de Teatro da Sociedade Portuguesa de Escritores Calouste Gulbenkian. A estes se seguiram outros textos, sobretudo dramas que confirmaram as minhas qualidades de bom