Emancipação de municípios
Wagner Alceu Dias
Mestre em Geografia pela UFG wagneralceudias@msn.com Pensar nas categorias de análises da Geografia é fazer uma retrospectiva da sua afirmação como ciência, história que denuncia as fragilidades e avanços das correntes do pensamento geográfico, que são responsáveis pela apropriação de uma metodologia própria de análise. A utilização das categorias de análise da Geografia proporciona ao pesquisador um ângulo em relação ao objeto de pesquisa, sob o qual é possível chegar à essência da realidade. As categorias não são consideradas auto-suficientes, sempre há a necessidade de complementação indicada por outras categorias. Partindo dessa premissa, a ciência geográfica tem sua particularidade no processo de compreensão da realidade, utilizando-se das chamadas categorias de análise geográficas, das quais são: natureza, lugar, território, paisagem, espaço e região e sociedade. A escolha das categorias não necessariamente deve ser uma imposição do pesquisador, havendo situações que remetem urgência derivadas do objeto de estudo. Neste caso, o pesquisador não pode se colocar sob perspectivas herméticas. Sua atuação deve ser flexível contendo os excessos, pois corre-se o risco da construção de um trabalho medíocre, havendo aceitação de tudo. A evolução do pensamento geográfico está diretamente ligada à evolução das relações técnicas de produção, as quais são responsáveis pela produção do espaço (LEFEBVRE, 1991). Nesta perspectiva, é pertinente a preocupação da atualização do geógrafo para com a realidade, uma vez que, na busca pela explicação de qualquer fenômeno, as condições sociais serão o ponto de origem da discussão. Para isso, é necessário optar por uma metodologia de análise capaz de desobstruir a complexidade, simplificando-a pela decomposição das partes, na pretensão de explicar a essência da realidade. Todavia, a ciência geográfica sempre utilizou de