Eletrônica
Londrina, fevereiro de 1999.
Maria Bernadete de Morais França
http://www.mariabernadete.rg3.net/
1 Revisão da Teoria Atômica
1.1 Introdução
Em 1897, Thomson descobriu o elétron e provou que ele tinha carga negativa. Os elétrons são atraídos pelo núcleo que possui uma carga positiva. Uma força centrífuga age para fora em cada elétron e a atração que o núcleo exerce sobre o mesmo equilibra esta força. Depois, Bohr imaginou um modelo para o átomo que consistia em um núcleo rodeado por elétrons em órbitas bem definidas, este é conhecido como átomo de Bohr. Na Figura 1 é apresentado este modelo.
Figura 1 - Modelo Atômico de Bohr Os elétrons são dispostos em órbitas elípticas de acordo com a distribuição atômica desenvolvida por Linus Paulling (camadas K, L, M, N, O, P e Q). Quanto mais próximo do núcleo estiver o elétron, ou seja, quanto menor for sua órbita, mais preso à estrutura nuclear ele estará. Para deslocar um elétron de uma órbita menor para outra maior é necessário energia para realizar trabalho de vencer a atração nuclear. A cada órbita está associado um nível de energia, quanto maior a órbita de um elétron mais alto seu nível de energia ou sua energia potencial em relação ao núcleo. A última órbita de um átomo define a sua valência, ou seja, a quantidade de elétrons desta órbita que pode se libertar do átomo através de bombardeio de energia externa (calor, luz ou outro tipo de radiação) ou se ligar a outro átomo através de ligações covalentes (compartilhamento dos elétrons da última órbita de um átomo com os elétrons da ultima órbita de outro átomo). Esta órbita mais externa recebe o nome de camada de valência ou banda de valência. Os elétrons da banda de valência são os que têm mais facilidade de sair do átomo, pois além deles possuírem mais energia, eles estão mais distantes do núcleo e a força de atração eletrostática é menor. Por isso uma pequena quantidade de energia recebida faz com que eles se tornem elétrons livres,